Quando
deparo com as notícias veiculadas na TV, jornais e internet sobre
pais que das mais diversas formas violentam ou violentaram seus
filhos, isto conduz meus pensamentos para uma reflexão profunda
sobre o papel de ser pai neste mundo de hoje.
Perguntas
como:
O
que é ser um pai?
O
que é ser um bom pai?
O
que é preciso fazer para ser um pai de verdade?
Minha
mente viaja em um mundo que paira entre a fantasia e a realidade,
onde percebo que a figura paterna vem perdendo a sua identidade ao
longo do tempo e a sua referência dentro do seio familiar quase já
não faz diferença para aqueles que convivem dentro deste grupo
social.
Fico
vivendo um dilema, que não é exclusividade de minha pessoa, de
buscar com todas as forças quebrar o paradigma da figura paterna
durona e autoritária, assumindo um novo papel de um pai mais
participativo nas funções do lar, principalmente aquelas que
tradicionalmente foram conferidas as mães, e de um pai mais afetivo
no cuidado com os filhos.
Assim,
penso com meus botões, o quanto vem se tornando fundamental a
necessidade de assumir este papel dentro da sociedade, onde ser pai
se transfigura em uma ordem para reestruturar a organização da
família e da própria sociedade como um todo.
Infelizmente
um número considerável de homens não tem noção da sua
importância dentro da organização da família, onde o seu papel
referencial, não como um exemplo puro e simples, mas sim como aquele
que conduz o núcleo familiar para o
caminho da harmonia, da felicidade, realizações de projetos e
tantos outros que são essenciais para o melhor funcionamento da
sociedade.
Não
posso minimizar a problemática vivida hoje pela sociedade,
simplesmente pelo fato daqueles que dizem ser pai não assumirem seu
real papel, porém fica notório que entre os jovens e adolescentes
sem limites e rebeldes, que a falta da figura paterna tem contribuido
muito para esta desordem.
Logo,
ser pai vai muito mais além da função genitora, é preciso
entender que direcionar filhos a um caminho onde os conduzirá ao
sucesso ou ao fracasso passa muito pelo compromisso que o pai assume
dentro da família.
Por
isso, sinto-me no dever de expressar o quanto fico preocupado com
toda esta realidade, pois além de ser pai, tenho um papel como
professor que diretamente mantenho contato com estes filhos onde fica
visível o distanciamento da figura paterna em todo o processo
educacional.
Tudo
isto levar eu repensar sobre o tema deste artigo “PAI
EM TODOS OS SENTIDOS”,
pois assumir um novo
papel que rompa com um histórico de pais coniventes e
descompromissados com o futuro e vida de seus filhos não é nada tão
simples assim.
Fica
a reflexão, não quero colocar-me como um modelo de pai perfeito, da
necessidade de viver cada instante do processo de formação dos
filhos de forma mais presente, atuante e participativa, não
delegando para terceiro aquilo que é o meu papel. É preciso sim SER
PAI, SER UM BOM PAI E SER UM PAI DE VERDADE,
que não fuja de sua responsabilidade e que tenha em mente o
compromisso com o futuro de um mundo que pode ser muito melhor com
filhos bem educados.